Stephen Thrift / Carnegie Mellon University
Walking Assisting Clutch: um par de exoesqueletos sem baterias e sem motor ajuda na caminhada
São Paulo -- Para quem anda muito, carrega cargas pesadas ou tem dificuldade ao caminhar, qualquer ajuda que alivie o esforço pode ser benvinda. Essa é a ideia por trás do exoesqueleto em forma de bota criado por Steve Collins e outros estudiosos da universidade americana Carnegie Mellon.
O dispositivo mecânico não tem bateria nem motor; só um sistema de molas e alavancas que ajudam a aliviar o esforço das pernas ao andar. Segundo Collins, o exoesqueleto reduz a energia necessária para a caminhada em 7%. É como se a pessoa tirasse das costas uma mochila de 9 quilos.
O sistema é bastante simples – quase um ovo de Colombo. Quando uma perna avança, em seu movimento natural de caminhar, uma mola na outra perna se estende, armazenando energia.
Quando chega o momento de mover essa outra perna, a mola colabora na extensão do pé, reduzindo o esforço feito pela panturrilha. O processo se repete a cada passo.
Collins vislumbra três tipos de aplicação para seu invento. Ele pode ajudar pessoas que andam muito, como carteiros. Pode aliviar o esforço dos que transportam cargas pesadas, como soldados. E pode ajudar pessoas com problemas físicos que têm dificuldade ao caminhar.
O projeto é descrito num artigo publicado nesta semana na revista Nature. No vídeo abaixo, Collins, que é professor de engenharia mecânica, fala (em inglês) sobre ele.
Ele diz que muita gente acreditava que não era possível reduzir o esforço de caminhar a menos que houvesse alguma fonte de energia (como baterias e motores) para impulsionar os movimentos.
Mas os pesquisadores descobriram que é possível poupar energia apenas melhorando a eficiência da caminhada com o sistema mecânico.
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