segunda-feira, 30 de junho de 2014

Quatro estratégias para aumentar a produtividade no Brasil

Ruth Costas - BBC - 24/06/2014

Nos anos 80, o Brasil e a Coreia do Sul tinham índices de produtividade semelhantes.
Hoje, o que um coreano produz em um dia, um brasileiro produz em três, segundo dados da entidade norte-americana de pesquisasConference Board.
"O Brasil e outros países da América Latina precisam olhar urgentemente para experiências de países de fora da região se quiserem impulsionar seus índices de produtividade," disse Carmen Pagés, especialista em mercado de trabalho do Banco InterAmericano de Desenvolvimento (BID).
"Há experiências muito valiosas em países como a Coreia e a Austrália que poderiam ajudar os brasileiros principalmente a alinhar os conhecimentos e habilidades desenvolvidos em seu sistema educacional ao que as empresas precisam para produzir mais e melhor," completou.
"Pela primeira vez na nossa história falta mão de obra - o que nos obriga a aproveitar nossos trabalhadores de forma mais eficiente", diz Hélio Zylberstajn, professor de economia da Universidade de São Paulo (USP).
Em um evento promovido pelo BID em São Paulo especialistas apresentaram estratégias que poderiam inspirar o Brasil e outros países latino-americanos em sua busca por mais produtividade.
Os especialistas ressaltam que não se tratam de experiências que poderiam ser implantadas automaticamente por aqui, mas soluções que podem ajudar o país e a região a encontrarem respostas originais ao problema do ajuste das habilidades dos trabalhadores às necessidades das empresas:
  • Valorização e flexibilização do ensino técnico
  • Sistema de certificados
  • Educação nas empresas
  • Esquemas de aprendizagem
Para Carmen Pagés, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a falta de trabalhadores de formação técnica é hoje um dos fatores que afeta a produtividade na América Latina.
Segundo ela, países como a Coreia do Sul, a Austrália, o Canadá, a Nova Zelândia, a Alemanha e a Suíça, que integraram "perfeitamente" o ensino técnico em seu sistema educativo estão entre os que melhor conseguiram alinhar a formação dos trabalhadores às necessidades das empresas.
"Nesses países o sistema é muito flexível", diz Pagés. "Você pode passar do acadêmico ao técnico e do técnico ao acadêmico com facilidade e há mais integração entre esses dois ramos - o que ajuda a evitar o estigma em relação ao ensino técnico que existe no Brasil, além de reduzir o problema do 'isolamento' dos ambientes acadêmicos do mercado."
Pagés diz que na Suíça algo em torno de 60% dos estudantes do ensino médio optam pelo ramo técnico.
"Eles sabem que se quiserem trabalhar, isso lhes dará mais possibilidade de inserção no mercado, mas também sabem que se, depois disso, resolverem voltar para a sala de aula para seguir o ramo das ciências humanas, ou debater aspectos teóricos ligados a sua profissão, por exemplo, a transição será simples."
Na Austrália, os estudantes podem transferir créditos dos cursos técnicos da chamada Technical and Further Education Commission (Tafe) para os cursos de universidades regulares, o que permite uma combinação entre os dois tipos de ensino.
"As pessoas nos procuram em qualquer etapa de sua vida profissional: temos cursos para quem tem 18 anos e para quem tem 40 e quer ampliar suas possibilidades profissionais", explicou à BBC o australiano Peter Holden, diretor da Tafe.
O ensino técnico começou a se expandir na Austrália nos anos 70. Nos anos 90, foram feitos ajustes para garantir que os conteúdos dos cursos atendiam a demanda das indústrias locais (até então o foco do sistema era seu papel social).
"Nós passamos a conversar mais com as empresas e, como alguns de nossos professores foram trazidos da indústria, eles também se encarregaram de nos manter informados sobre quais conhecimentos e habilidades são requisitados," concluiu Pagés.
Sistema de certificados
Para tirar uma carteira de motorista é necessário fazer um teste de direção. Se mostrar que sabe dirigir, recebe o documento, se cometer muitos erros não recebe.
Na Coreia do Sul, um sistema de certificados nacionais para o ensino técnico parece funcionar de uma maneira semelhante, como explicou Joon-Chul Eom, do Ministério do Emprego e Trabalho da Coreia do Sul.
Os candidatos fazem uma série de provas orais e escritas após comprovar que têm experiência prática ou estudaram determinada área. Se passarem, recebem certificados nacionais que atestam suas habilidades e conhecimentos específicos.
Um trabalhador pode ser certificado em gastronomia coreana, por exemplo, outro em serviços de engenharia elétrica ou mecatrônica. As provas são rígidas e os índices de aprovação podem ser de apenas 10% em alguns casos.
No caso do ensino técnico, a certificação fica a encargo do Ministério do Trabalho, mas também há certificados para as profissões de nível superior, que são em geral administrados por outros ministérios.
O sistema é uma forma de garantir e padronizar a qualidade dos profissionais formados no país, facilitar a busca e a colocação no mercado de trabalhadores com habilidades específicas e ao mesmo tempo estimular os coreanos aprimorarem suas habilidades - uma vez que elas podem ser formalmente "reconhecidas".
É claro que há críticas. Um estudo da OCDE de 2012, por exemplo, defendia que as certificações de ensino superior seriam uma "duplicação desnecessária", uma vez que os alunos já seriam avaliados em sua instituição de ensino.
"Trata-se de um sistema interessante e que mereceria ser estudado mais a fundo, embora no Brasil acho que seria impensável implantar algo nessa escala", diz Hélio Zylberstajn, da USP. "Quem ficaria encarregado dos certificados?"
Educação nas empresas
O australiano Peter Holden, da entidade governamental Tafe, diz que em seu país uma das experiências mais bem-sucedidas na área de formação do trabalhador são as parcerias com empresas para o fornecimento de cursos dentro do ambiente de trabalho.
"Há cursos em áreas específicas ou de formação mais básica. Algumas empresas nos indicaram um grupo de funcionários que gostariam que recebessem noções de aritmética, por exemplo", diz Holden.
O esquema é financiado conjuntamente pelo governo e as empresas.
"Muitos trabalhadores viram seus trabalhos mudarem completamente em função da adoção de novas tecnologias - e esses esquemas não só aumentam a produtividade das empresas, mas também evitam que sejam demitidos e aumentam suas chances de uma promoção," acentuou.
Para Zylberstajn, os esquemas de treinamento dentro das empresas estão entre as experiências que mais poderiam ser aproveitadas no Brasil.
"Um dos problemas do nosso ensino técnico é que as instituições de ensino e o setor privado conversam pouco, então o que os alunos aprendem na sala de aula nem sempre é válido para o mercado", disse o economista.
Silvani Pereira, do Ministério do Trabalho e Emprego, concorda que é preciso fazer avanços nessa área: "O treinamento do trabalhador dentro da empresa contribui para promover ganhos de produtividade já que o alinhamento entre o que é ensinado e o que as empresas precisam é perfeito. Além disso, tal sistema contribui para uma redução da rotatividade dos trabalhadores."
Esquemas de aprendizagem
Nessa área, a Alemanha parece ser, de longe, o grande modelo. Lá os jovens têm a possibilidade de aprender um trabalho dentro de um programa de aprendizagem conforme cursam o ensino fundamental.
Os alunos dividem seu tempo entre as escolas e as empresas, onde são orientados por um profissional mais experiente para aprender um entre os 344 ofícios oferecidos pelo programa. Eles recebem um salário e, ao finalizar o curso, têm a opção de seguir a carreira na área.

Segundo Geoff Fieldsend, do British Council, esse é um dos muitos esquemas adotados para melhorar a questão da empregabilidade dos jovens, mas seus resultados ainda precisam ser avaliados.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Tecnologia brasileira permite reduzir custo da fibra de carbono de piche de petróleo


Estudo de pesquisadores do Centro Tecnológico do Exército – CTEx, no Rio de Janeiro, com apoio da Petrobras, permitiu o desenvolvimento de tecnologia para a criação de fibra de carbono a partir do piche de petróleo. A vantagem da invenção brasileira é utilizar a parte pesada do petróleo – que usualmente é queimada como óleo combustível, sem aplicação nobre atualmente –, o que ajuda a baratear a fibra e a viabilizar seu uso em larga escala. Também reduz o valor da fibra a criação de um processo produtivo barato no CTEx. Além do preço, outra vantagem da solução são as qualidades técnicas recomendáveis.
Com a tecnologia nacional, foi possível desenvolver piche de qualidade superior, chamado piche mesofásico, e fiá-lo de forma contínua, um segundo desafio. A única fábrica, localizada no Japão, que produz fibra de carbono a partir de piche de petróleo utiliza piche isotrópico. No Brasil, a fabricação está em escala semi-industrial, mas o País poderá ser o primeiro a produzir essa fibra em escala comercial, se a Petrobras e/ou o governo investirem.
Busca-se quebrar as barreiras de custo das fibras de carbono para atender a indústria automobilística. Diversas tentativas já foram feitas com materiais precursores não convencionais, como a lignina, mas falharam porque excederam os custos máximos e não atingiram as resistências mecânicas mínimas. O maior mercado dessa fibra é a indústria automobilística de linha, que aguarda sua abertura, porque os carros de Fórmula 1 e os fora de linha já a utilizam em larga escala há muitos anos.
As fibras de carbono em desenvolvimento no CTEx a partir de piche de petróleo atendem as exigências da indústria automobilística no que tange às resistências mecânicas. O custo ainda não pode ser avaliado com exatidão devido ao fato de a produção estar em escala semi-industrial. Entretanto, se forem utilizados os parâmetros de custos internacionais para a produção de fibras de carbono – como a matéria-prima utilizada no Brasil é barata e acessível e o valor da fabricação do piche desenvolvido no CTEx é também baixo –, os primeiros cálculos indicam que poderá variar de US$ 10,00 a US$ 15,00 por quilo, o que também estaria dentro dos parâmetros da indústria automobilística, que procura por fibra de carbono cujo preço máximo seja de US$ 15,00 por quilo e tenha resistência à tração mínima de 1,72 GPa.
Essas fibras, ao substituírem o aço, poderiam reduzir em 2/3 o peso do veículo, mas ainda mais importante do que a redução de consumo de combustível oriunda dessa diminuição de peso é a fantástica quantidade desse material que seria demandada ao mercado produtor, algo em torno de 90 mil t/ano, ou seja, o dobro da produção mundial desse material em 2010, se apenas 1% do aço dos carros fabricados hoje fosse substituído por compósitos de fibra de carbono, o que significaria uma indústria multibilionária.
Quanto ao tempo de produção em uma linha de massa, vai depender do tipo de peça a ser utilizado e do processo adotado.
Fibras de carbono
O mercado mundial de fibras de carbono, que até 2010 estava entre 40 e 45 mil t/ano, com projeção para 60 mil t/ano em 2015, alcançou em 2012 o número de 114 mil t/ano. No Brasil o salto também foi grande, como mostrado no gráfico abaixo.
Importações de fibras de caborno
Existem inúmeros tipos e teriam aplicações praticamente ilimitadas não fosse o custo elevado. As fibras de carbono mais baratas estão na faixa de US$ 25,00 o quilo e as mais caras ultrapassam US$ 1.200,00 por quilo. Se pudessem ser produzidas a um custo mais baixo, praticamente tudo poderia ser feito a partir delas, com aumento de durabilidade e leveza.
As fibras de carbono oriundas de piche têm maior valor agregado e alta condutividade térmica, elétrica e mecânica. São produzidas no Japão e nos Estados Unidos, sendo que a matéria-prima utilizada é o piche de alcatrão ou piche sintético feito a partir de naftaleno e metil-naftaleno. As oriundas do polímero poliacrilonitrila – PAN têm maior resistência à tração e são fabricadas em vários países, entretanto os que detêm a tecnologia são Japão (maior produtor), Estados Unidos, Alemanha, China e Rússia. Essas fibras têm comercialização muito restrita e regulada por vários tratados, assinados e ratificados inclusive pelo Brasil. Esses são os tipos de fibras de carbono mais comuns.
As de altíssima resistência à tração, feitas a partir de PAN, são as preferidas da área aeroespacial e estão presentes cada vez mais nos aviões comerciais. O Boeing 787 utiliza 50% em peso de fibra de carbono. As fabricadas a partir de piche são as preferidas da área eletroeletrônica dada sua alta condutividade térmica e elétrica.
Importância do carbono
Atualmente se discute muito o pré-sal e novamente a fibra de carbono ganha lugar de destaque. O quadro abaixo mostra de forma comparativa como se reduz o número de cabos necessários para fixação de uma plataforma de petróleo e a massa dos cabos quando a profundidade da lâmina de água aumenta. A 3.000 m de profundidade, por exemplo, seriam necessários 12 cabos de fibra de carbono com peso de 4.476 t contra 16 cabos de aço, com 126.229 t.
Se a comparação for feita em termos de custo, mesmo com os atuais preços das fibras de carbono, a 2.000 m de profundidade o valor da utilização da fibra empata com o do aço, mas a 3.000 m seria aproximadamente metade do custo do aço.
Comparação Fibras de Carbono
O carbono é o único elemento da natureza que pode combinar com outros de quatro maneiras, por isso possibilita produzir materiais antagônicos, ou seja, macios, duros, porosos, impermeáveis, etc. A gama de produtos que se pode obter a partir dele é quase ilimitada e está presente em muitas indústrias e quase sempre naquelas que produzem tecnologia de ponta ou sensíveis e estratégicas.
Os materiais de carbono mais conhecidos atualmente são os nanomateriais devido à publicidade dada ao grafeno, que proporcionou dois prêmios Nobel em 2010, e a fibra de carbono, porque está mais presente no dia a dia, seja na forma de raquete de tênis, taco de golfe ou nos modernos aviões. O primeiro nanomaterial de carbono a ser descoberto foi o fulereno, em 1985, posteriormente os nanotubos, em 1991, e o grafeno, em 2010.
Quando se fala de materiais de carbono, fora da nanotecnologia, as principais fontes de carbono são as minas de grafite natural, o alcatrão, que é o resíduo produzido nas coquerias da indústria siderúrgica, e o petróleo. Dentre esses, o petróleo é a maior fonte a ser considerada.
O Brasil é rico em grafites naturais, que possuem qualidades distintas dentro das minas, mas os melhores são encontrados em proporção muito pequena. O alcatrão tem sido desconsiderado como fonte importante no mundo devido à sua alta toxicidade. Quanto ao petróleo, além de ser abundante, a parte pesada não tem nenhuma aplicação nobre atualmente.
Desenvolvimento no CTEx
Os laboratórios do Núcleo de Competência para o Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono – NCDTC do CTEx, com 9 mil m2, proporcionaram desenvolvimentos diversos e, desses, quatro originaram registros de patentes e a criação de pelo menos seis produtos novos até o momento utilizando-se a parte pesada do petróleo. A fibra de carbono de piche de petróleo é apenas um desses produtos. O gerente do Projeto Carbono do NCDTC é o major dr. Alexandre Taschetto de Castro, e o coordenador do projeto é o dr. Carlos Henrique Monteiro de Castro Dutra.
Vários desses produtos sofrem o que se chama de escalada tecnológica, ou seja, passam da produção de quilos para toneladas, e o próximo passo é atingir o mercado, sabendo que a única barreira para que isso aconteça é o investimento financeiro, porque as tecnológicas já foram transpostas.
Nessa área, pode-se dizer que a “inércia” foi vencida e que, se a estrutura e a pesquisa forem mantidas em “movimento”, novos resultados devem surgir. Todo o problema se volta, portanto, a uma variável desprezada no Brasil, que é a continuidade.
Crédito:Artigo escrito pela Central de Geração de Conteúdo de NEI Soluções com base em informações cedidas por Luiz Depine de Castro, doutor em Ciência dos Materiais com especialização em carbono/grafite, presidente da Associação Brasileira de Carbono – ABCarb e consultor para o Centro Tecnológico do Exército – CTEx na área de materiais de carbono

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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Australia considers restrictions on aromatic amines in textiles & leather

The Australian Competition & Consumer Commission (ACCC) has opened a consultation to restrict aromatic amines in clothing, textiles and leather articles.
Recently, ACCC conducted a survey, and commissioned testing of certain clothing, textiles and leather articles for the presence of 22 hazardous aromatic amines. The articles surveyed and tested were of a type likely to be worn in direct contact with the skin for a prolonged period of time.
Testing showed a number of articles of clothing and a pillow slip with unacceptably high levels of aromatic amines. As a result, a number of Australian suppliers initiated voluntary recalls of clothing and bedding.
The ACCC has been considering how the hazards associated with aromatic amines in certain clothing, textiles and leather articles might be managed in the future. On 24 April 2014, the Commonwealth Minister responsible for consumer protection agreed that ACCC should commence the process to develop options to address the issue of hazardous dyes in clothing, textiles and leather articles. The options currently under consideration include both regulation and non-regulation.
ACCC is now asking business to tell them about the additional costs business may incur if any of the options currently under consideration are implemented.
This is not the only opportunity stakeholders will have to comment. Information on industry costing will feed into a regulation impact statement (RIS). Once a draft RIS has been prepared it will be sent to all stakeholders for comment.
Fonte: http://www.complianceandrisks.com/australia-considers-restrictions-on-aromatic-amines-in-textiles-leather/

CHROMIUM VI REACH RESTRICTIONS IMMINENT

The substance Chromium VI gained notoriety in the film Erin Brokovich for causing health problems near a tannery and rightly so with this carcinogen.
Around 80% of the world’s leather production is tanned with chromium salts which enable the finished leather to be suitable for a range of end use products. During leather tanning chromium III is used to give a highly versatile leather suited to most industries and if the tanning processes are carried out correctly the leather will be completely safe to use. However it is the presence of chromium VI which is of concern to the consumer.
 
Chromium VI is not used within the leather tanning process, but its presence may occur by oxidation of chromium III due to a variety of reasons. For example oxidation of chromium III can occur with extremely high pH or temperature or if chrome powder there is a possibility that it may contain chrome VI as an impurity.
Chromium VI is currently under public consideration for inclusion in the REACH regulations whereby its presence in leather would be banned above a 3ppm limit of detection. This would bring it into line with legislation currently in place in European nations such as Germany.
 The deadline for comments closes on 12 February 2013. Comments received from the consultation will be reviewed and taken into account by SEAC in its final opinion, which is scheduled for adoption by 15 March 2013.
The proposed restriction is as follows:
Chromium (VI) compounds
Leather articles, or leather parts of articles, coming into contact with the skin, shall not be placed on the market if they contain chromium (VI) in concentrations equal to or higher than 3 mg/kg (0,0003%) chromium (VI) of the total dry weight of the leather.
 
RAPEX, the EU Rapid alert system for dangerous non-food consumer products, has recently released details of two items (a pair of leather gloves and a pair of ladies shoes with leather inner soles and upper.) intended for the European market that contained well above the 3ppm limit of Chromium VI and so posed a huge potential risk to users of the product and to the environment.
The leather gloves actually contained 50ppm (16 times the legal limit) and so as a result the product was recalled from the market place.
The Laboratory At The Birmingham Assay Office is UKAS accredited to carry out Chromium VI testing. Analysis of chromium VI is carried out by UV/vis determination after derivatisation of an extracted solution and The Lab can offer a fast turnaround time to help ensure that products are below the legal limit and safe for the market place.

Fonte: 
http://www.assaynews.co.uk/the-laboratory/accessories-textiles-testing/chromium-vi-reach-restrictions-imminent/

El cuero no figura en la lista de sustancias químicas restringidas de ZDHC - por ahora

El grupo descarga cero de productos químicos peligrosos (ZDHC) publicó una lista de sustancias restringidas para la manufactura (MRSL), que describe las sustancias químicas  que deben ser eliminadas de la cadena de suministros hasta 2020.
El MRSL se aplica a los productos químicos utilizados en las instalaciones de procesamiento de textiles, y terminación en ropa y calzados, para miembros como Nike, Adidas, Jack Wolfskin y Burberry.
Sin embargo, se optó por no incluir los productos para curtiduría en la lista - por ahora.
"Sustancias potencialmente peligrosas que se utilizan durante el procesamiento del cuero se abordarán en la próxima versión de MRSL" dijo ZDHC. "consideraciones especiales sobre los químicos involucrados hicieron necesario para el grupo ZDHC tratar la quistión del procesamiento de cueros en fecha posterior ."
La lista no incluye el cromo (VI), prohibido en el  manual de Suministro de la materia prima y productos terminados y que tiene un límite de 10 ppm en su formulación comercial. "Aunque típicamente asociado con el curtido de cuero, el cromo VI también se puede utilizar en la tintura de la lana después del proceso de recubrimiento."

domingo, 8 de junho de 2014

Technology a key to shoe business success in Jinjiang

( chinadaily.com.cn )  Updated: 2014-04-21

Shoe manufacturers in Jinjiang city of Fujian province are attaching more importance to technology elements in their products.
Technology a key to shoe business success in Jinjiang

An exhibition featuring the latest tech trends and innovations in footwear was all the buzz with entrepreneurs and technology staffers at the 16th Jinjiang International Footwear Exposition, which runs from April 18 to 21.
Wen Zhongfei, a developer from a shoe technology firm in Putian, said he was promoting his latest invention – a gadget that helps tie your shoes – and he didn’t expect so much attention, as all of his business cards - hundreds of them – were distributed.
The annual expo has witnessed how the shoemaking business became a leader in the industry to make Jinjiang the footwear capital of China.
As of 2013, there were 3,338 companies, large and small, engaging in shoe production, with an accrued annual output value of 97.5 billion yuan ($15.67 billion), and 161 of them have worth exceeding 100 million yuan, with 46 boasting a value of at least 500 million yuan. As many as 20 shoe companies have gone public.
About 349,000 people in Jinjiang are involved in shoe manufacturing, attributing to a total of 1.56 billion sneakers and 700 million slippers every year.
Shoe enterprises have increased their investments in technology and machinery upgrades in recent years. Statistics show that 28 shoe companies have imported nearly 100 international production lines, and nearly 100 firms have equipped themselves with advanced shoe sole injection molding machines.
More companies have their own shoe research and development centers at provincial and even national levels. Their work has led to mastery of 229 core technologies and 564 patents.