segunda-feira, 28 de abril de 2014

Pesquisador do MIT desenvolve palmilha que deixa o tênis inteligente e capaz de guiar o usuário

Produto ainda é um protótipo e funciona via conexão Bluetooth com o smartphoneESTADÃO PME
Divulgação
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Produto foi desenvolvido por pesquisador do MIT Media Lab
Para não se perder e buscar referências, hoje é comum uma consulta em mapas na internet. E para quem anda a pé, o pesquisador do MIT Media Lab Dhairya Dand foi além: criou palmilhas inteligentes que ajudam o usuário a encontrar o caminho sem precisar olhar um mapa. O produto chamado de SuperShoes evita o aborrecimento de parar a caminhada para verificar o trajeto correto. O produto ainda é um protótipo e não está à venda.
De acordo com o site da Fast Company, o produto é uma palmilha flexível de silicone que pode ser utilizada em qualquer calçado. A palmilha é equipada com motores vibradores para ajudar na indicação do trajeto e se conecta com o smartphone via Bluetooth.
É preciso instalar um aplicativo chamado Shoe Central, que vai guiar o usuário e enviar as vibrações para a palmilha com indicações para virar à esquerda ou à direita. O usuário ainda pode informar no aplicativo seus gostos por comida, compras, lugares para o Shoe Central "aprender" suas preferências e indicar passeios.

domingo, 27 de abril de 2014

Tênis com tecnologia desenvolvida pela UFMG chega ao mercado


Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/06/2009

Tênis com tecnologia desenvolvida pela UFMG chega ao mercado
A grande inovação do tênis é a geometria do solado, associada ao design do cabedal (parte superior do tênis).[Imagem: UFMG]
Concebido no Laboratório de Bioengenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com patente já registrada pela Universidade, o novo tênis com tecnologia própria para caminhada foi lançado nesta terça-feira.
O processo de transferência de tecnologia para a empresa Cromic prevê repasse, para a UFMG, de percentual sobre a venda do produto.
Tecnologia para caminhada
Próprio para caminhada, o produto reúne condições especiais de amortecimento, conforto e design e é piloto de uma série de projetos que começam a surgir por demanda na região de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, responsável por 52% da produção nacional de calçados esportivos.
A grande inovação do tênis é a geometria do solado, associada ao design do cabedal (parte superior do tênis) criado para ele, o que exigiu levantamento e adequação dos materiais aos vários aspectos envolvidos, sem perda do conforto, maciez, sensação térmica e gasto de energia.
Ganhos acadêmicos e financeiros
A professora Heloíza Helena Ribeiro Schor, que coordenou o trabalho da equipe multidisciplinar responsável pelo desenvolvimento do novo tênis, destaca o ganho acadêmico advindo da pesquisa, que envolveu cinco professores e oito estudantes.
"A interação da Universidade com empresas estimula nos alunos a cultura do empreendedorismo", disse ela, destacando que o tênis foi tema de uma dissertação de mestrado desenvolvida no departamento de Engenharia de Produção.
Com relação aos royalties recebidos pela Universidade, que variam de acordo com o produto e com o estágio de desenvolvimento em que a tecnologia é repassada para a empresa, os recursos são destinados a um fundo de pesquisa e aplicados para financiar novos projetos e a política de patentes da Universidade.

Palmilha inteligente regula temperatura do pé

Com informações da Agência USP - 29/11/2010


Palmilha inteligente regula temperatura do pé automaticamente
As células Peltier usadas no invento são pequenas placas quadradas, menores do que uma caixa de fósforos. [Imagem: Ag.USP]
Uma "palmilha inteligente" capaz de regular a temperatura dos pés já está em fase de conclusão na Escola Politécnica (Poli) da USP.
"Em apenas um mês podemos construir um protótipo de laboratório", garante o professor Francisco Javier Ramirez Fernandez,
Ramirez-Fernandez e seu colega João Francisco Justo Filho são os idealizadores do Sistema de Conforto Térmico Plantar.
Segundo eles, a patente já foi depositada na Agência USP de Inovação e o próximo passo será o desenvolvimento do protótipo de laboratório.
Células de Peltier
O Sistema de Conforto Térmico Plantar funciona por intermédio de pequenos dispositivos eletrônicos, conhecidos como células Peltier, instalados na palmilha.
As células Peltier usadas no invento são pequenas placas quadradas, menores do que uma caixa de fósforos. Elas são feitas de um material termoelétrico, gerando uma diferença de temperatura por meio da aplicação de uma tensão elétrica.
Cerca de três dessas placas são suficientes para compor a palmilha inteligente. "Equipada com os dispositivos, a palmilha não terá mais do que 5 milímetros (mm) de espessura", garante o pesquisador.
Além disso, ele ressalta que a palmilha poderá se construída de material impermeável. Isso permitiria que ela fosse molhada, o que não alteraria seu funcionamento.
Funcionamento da palmilha inteligente
A partir do contato do calçado com o solo, o sistema mede a temperatura exterior e controla automaticamente o fluxo de calor do pé para fora, ou vice-versa.
O sistema que controla o funcionamento das células tem a capacidade de inverter a direção do fluxo de calor, por meio da mudança do sentido do fluxo da corrente de ativação das células Peltier.
"Se a temperatura do solo estiver fria, a inversão proporcionará a sensação de calor na região da planta do pé. E se a temperatura estiver quente no solo, ocorrerá o contrário", explica Ramirez-Fernandez.
Os pesquisadores já trabalham no projeto há cerca de um ano e o objetivo do sistema é regular de forma automática a temperatura de uma superfície em contato com o pé, proporcionando conforto térmico tanto em dias frios como quentes.
A palmilha será apropriada para climas extremos, como calor ou frio excessivo, podendo ser utilizada em qualquer sapato do tipo médio.
"Imaginemos alguém que tenha de sair de um ambiente interno aquecido e posteriormente caminhar na neve, por exemplo. Em vez de usar uma bota pesada, basta introduzir o sistema num sapato comum e caminhar. A 'palmilha inteligente' regulará a temperatura de forma a permitir não só a caminhada, como também evitar lesões provocadas pelo eventual esfriamento que acabam ocorrendo neste tipo de situação extrema", descreve.
Idosos e bebês
Apesar de ser voltada mais diretamente para situações mais extremas de clima, há possibilidade de outros usos.
"Mesmo aqui no Brasil, pessoas mais idosas sofrem muito com o nosso inverno, que nem chega a ser tão rigoroso como em países do hemisfério Norte", avalia o pesquisador. "Acreditamos que a inovação será importante para estas pessoas, afinal, a expectativa de vida do brasileiro está ficando cada vez maior."
O pesquisador lembra que bebês também estão mais sujeitos a sofrer com temperaturas extremas nos pés. Segundo ele, é perfeitamente possível que a tecnologia seja adaptada para os pequenos.
Ramirez-Fernandez informa que o projeto aguarda agora por indústrias que se interessem pela tecnologia e pela comercialização do produto. A partir daí, ele estima que em menos de um ano uma empresa poderia ter esse produto final pronto para ser utilizado. Nos laboratórios da Poli, o professor acredita que o protótipo deverá custar a partir de R$ 100,00 para ser elaborado na versão mais simples.

Sapato feminino usa materiais inteligentes para ergonomia perfeita


Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/03/2012

Sapato feminino usa materiais inteligentes para ergonomia perfeita
Os sapatos inteligentes são fabricados seguindo a padronização normal por números, sendo ajustados ao pé de cada cliente na própria loja. [Imagem: Shopinstantshoe Project]
Memória de forma
Um consórcio de engenheiros de universidades e empresas da Espanha e da França acaba de criar aquele que pode ser considerado o sapato de mais alta tecnologia já feito.
O material aparente do sapato pode ser couro natural ou sintético.
Mas seu "esqueleto" interno é totalmente construído com os chamados materiais inteligentes, ou materiais com memória de forma.
Materiais metálicos com memória de forma têm uma propriedade incomum: eles podem ser esticados, dobrados e torcidos, mas, quando aquecidos acima de uma temperatura limite, eles revertem para o formato original no qual foram fabricados.
A memória de forma geralmente é obtida em ligas metálicas especiais, algumas delas conhecidas como músculos artificiais.
Sapato verdadeiramente ergonômico
Foi uma dessas ligas, feita de níquel e titânio, e geralmente usada para o acionamento de robôs, que a equipe liderada pelo Dr. Juan Carlos González escolheu para criar um sapato feminino absolutamente ergonômico.
O resultado é um sapato que se conforma perfeitamente ao pé de cada mulher, de forma personalizada.
Sapato feminino usa materiais inteligentes para ergonomia perfeita
Os músculos artificiais - aqui vistos no furo central - foram testados exaustivamente para garantir conforto e estabilidade de formato ao longo da vida do sapato. [Imagem: Shopinstantshoe Project]
O processo funciona da seguinte forma: os sapatos inteligentes são fabricados seguindo a padronização normal por números, e seguem para as lojas.
Na loja de calçados, um pequeno aparelho térmico e um escâner portátil terminam o processo de adaptação do sapato ao pé de cada cliente.
Depois que a cliente escolhe o visual do sapato, o escâner toma as medidas antropométricas do seu pé, em 3D. Os sapatos são então inseridos no pequeno aparelho, que interpreta as medições feitas pelo escâner e ajusta o material inteligente no interior do sapato.
Em alguns segundos, a cliente tem seus sapatos perfeitamente ajustados a seus pés, sem nenhum ponto "pegando" e sem preocupações com dores induzidas por problemas de postura.
Se, ainda assim, a cliente mudar de ideia, como usualmente acontece com as mulheres nas lojas de calçados, basta que o vendedor coloque de volta os sapatos no equipamento e aperte uma espécie de botão de "reset", que faz com que a liga com memória de forma volte exatamente ao desenho que tinha quando saiu da fábrica.