quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Campo de society no Rio é iluminado com energia gerada por jogadores

setembro de 2014



Um campo de futebol society no Rio de Janeiro ganhou uma iluminação gerada de forma bastante inovadora: pelos próprios jogadores que entram nela. Inaugurado na quarta à noite, o campo é no Morro da Mineira, região central da cidade. O projeto é financiado pela Royal Dutch Shell, empresa holandesa que atua também no setor de combustíveis (sim, é aquela dos postos de combustíveis). São cerca de 200 telhas de captura de energia desenvolvidos pela startup britânica Pavegen instaladas na largura e extensão do campo, coberto por uma camada do gramado AstroTurf. As telhas que têm energia gerada pelos jogadores trabalha em conjunto com painéis solares instalados em torno do campo para alimentar o sistema de holofotes.

A criação da Pavegen funciona com um sistema de engrenagens que, quando as telhas são pisadas, giram e agem como geradores. A empresa já instalou esse tipo e tecnologia em estações de trem na Europa, centros comerciais na Austrália e Terminal 3 do Aeroporto de Heathrow, em Londres. É a primeira vez, porém, que o sistema é instalado em um campo de futebol. “Nós efetivamente transformamos esta comunidade em um experimento de ciência da vida real. Eu acredito que essa tecnologia pode ser um dos futuros modos que nós iluminaremos nossas cidades”, disse Richard Kemball-Cook, presidente da Pavegen.

A inauguração do projeto teve a presença ilustre de Pelé, que se emocionou. Para o rei do futebol, um campo como esse, com uma tecnologia inovadora em termos de geração de energia, pode ajudar a despertar o interesse das crianças não só pelo futebol, mas pela ciência. O lendário ex-jogador acredita que a próxima geração de brasileiros irá ajudar o país a ser tão bem sucedido no campo científico quanto é no futebol. “Meu pai me deu o nome de Edson por causa de Thomas Edison. Tenho certeza que em breve os melhores cientistas do mundo serão brasileiros”, afirmou Pelé.

Uma afirmação bonita, mas, veja, um pouco problemática. Afinal, não trabalhamos para isso. E, aliás, não somos tão bem sucedidos em futebol assim, certo? O histórico é brilhante, mas não esqueçamos que levamos uma bordoada de 7 a 1 da Alemanha em casa na Copa do Mundo. Mas, talvez, em ciência o caminho esteja mesmo mais promissor. Ao menos se lembrarmos que Artur Ávila se tornou o primeiro brasileiro a ganhar a Medalha Fields, o Nobel da matemática.
Fonte: http://trivela.uol.com.br/campo-de-society-rio-e-iluminado-com-energia-gerada-por-jogadores/

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Por que roupas de tecido sintético cheiram tão mal quando ficam molhadas de suor

Por: Robert Sorokanich
setembro de 2014



Se você faz exercício físico, suas roupas vão ficar suadas e fedidas. Mas você já reparou que algumas roupas têm um odor mais forte que outras? É porque, como a ciência mostra, roupas sintéticas criam o ambiente perfeito para as bactérias fedorentas do suor.
No estudo, publicado na revista Applied and Environmental Microbiology, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Gante (Bélgica) analisou o odor relativo de diferentes roupas encharcadas de suor.
Vinte e seis voluntários, divididos igualmente entre homens e mulheres, usaram roupas de academia feitas de algodão, poliéster ou uma combinação algodão/tecido sintético. Eles então se exercitaram em uma sessão de spinning de uma hora. Após o exercício, suas roupas permeadas de suor foram colocadas em sacos individuais, hermeticamente fechados, de um dia para o outro.
No dia seguinte, narizes treinados (e muito azarados) avaliaram as roupas ensacadas, da menos fedida à mais desagradável. E segundo a Scientific American, “as camisas de poliéster tinham um cheiro maior de mofo, de azedo e de amônia que o algodão”.
Você já deve saber disso por experiência própria. Mas por que isso acontece? Há uma razão científica fascinante para isso.
A análise de DNA mostrou que as bactérias mais comuns presentes no tecido pertenciam à famíliaMicrococcus. Este tipo de bactéria tem apenas um papel secundário no suor humano, e elas não gostam de algodão.
Mas o tecido sintético respirável, que ajuda a reduzir o suor, infelizmente fornece um lar perfeito para o Micrococcus. Nos espaços entre os fios, as bactérias ingerem os ácidos graxos presentes no suor, transformando-os em compostos que são muito mais fedorentos do que sua transpiração normal.
Agora você sabe por que suas roupas de ginástica têm um cheiro forte no dia seguinte. Os tecidos sintéticos podem ser ótimos para retirar o suor do seu corpo, mas depois que seu treino acabar, eles se tornam um verdadeiro buffet de bactérias que transformam o suor em algo pior. [Scientific American
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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Brasil adere a órgão internacional para segurança em nanotecnologia

Com informações do MCTI - 28/08/2014


O Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN) aprovou a adesão do Brasil ao projeto europeu NanoReg, que trata da regulamentação internacional da nanotecnologia.
Coordenada pelo Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, a iniciativa envolve 64 instituições de 16 países europeus, além de Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.
Apesar de desafiar o imaginário em termos de possibilidades tecnológicas, há grandes preocupações sobre eventuais efeitos danosos dos produtos e materiais em nanoescala para a saúde humana e para o meio ambiente.
O NanoReg está ligado aos principais organismos globais que lidam com regulamentação, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Organização Internacional para Padronização (ISO) e a Agência Europeia dos Produtos Químicos (Echa).
O projeto funciona em formato de consórcio, por meio do qual cada membro se torna responsável, durante dois anos, pela produção de um determinado conjunto de dados e informações sobre uma temática específica que, ao final, serão compartilhados entre os participantes do projeto - questões como a liberação de consumo de um medicamento ou cosmético ou toxicologia de um nanotubo de carbono, por exemplo.
"É uma maneira muito organizada, prática e muito eficiente de caminhar rápido e com segurança na questão de regulação de nanotecnologia", avaliou Flávio Plentz, do MCTI. "O que o NanoReg faz é dividir as tarefas, cada um assume a responsabilidade sobre uma determinada questão. Agora estamos decidindo como o Brasil pode contribuir."

Nanotoxicologia

Também foi discutida a estrutura de governança para a participação brasileira no NanoReg.
A ideia é que a responsabilidade de governo fique a cargo da presidência do CIN - que está sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e a representação técnico-científica caiba ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que deve atuar em parceria com outras instituições, organizações, pesquisadores e redes de nanotoxicologia.